quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Visita do Papa à Inglaterra

link da reportagem

Londres, 14 set (EFE).- O primeiro-ministro britânico, David Cameron, ofereceu hoje "calorosas boas-vindas" ao papa Bento XVI, que inicia visita de Estado ao Reino Unido na quinta-feira.

Mediante mensagem gravada por videoconferência, a partir de Downing Street, sua residência e escritório oficial, o chefe do Executivo britânico classificou de "histórica" e "incrivelmente importante" a viagem papal, que irá começar em Edimburgo e depois seguirá por Glasgow, Londres e Birmingham.

Esta será a primeira visita de Estado que realiza um Pontífice desde a ruptura de Henrique VIII com a Igreja Católica.

Está prevista para sábado, durante a passagem do papa pela capital britânica, uma reunião entre Bento XVI e David Cameron. O encontro será um dia depois do funeral do pai do líder britânico, Ian, que faleceu em decorrência de um acidente vascular cerebral durante suas férias na França, na semana passada.

Em sua mensagem ao Pontífice, Cameron ressaltou que sua visita é uma "grande honra" para o país.

O chefe do Governo britânico apontou que a viagem constitui "uma oportunidade única para celebrar a enorme contribuição que todas as comunidades da fé fazem para a nossa sociedade e para celebrar seu papel na tarefa de ajudar a construir uma sociedade maior e mais forte".

Enquanto as autoridades preparam a visita do papa, os britânicos reagiram com horror, nos últimos meses, ao serem expostos detalhes de abusos de menores por padres pedófilos.

Um grupo de vítimas destas agressões sexuais pediu ao Pontífice que responda ao escândalo com "atos, e não com palavras". EFE [negritos acrescentados].

Nota: Mais uma notável demonstração de como o romanismo está, lenta mas certamente, retomando o poder que outrora possuía. Em meio aos escândalos sexuais dos sacerdotes, a maior autoridade política da Grã Bretanha (que era a grande potência mundial do século XIX) deixa muito claro o seu sentimento de alegria por receber o líder supremo do catolicismo.

Provavelmente poucos se lembram de que a Inglaterra foi uma das nações pioneiras no protestantismo, ainda que a reforma não se deu em espectro tão amplo quanto em outros países do Velho Mundo. Note-se, também, que o cisma citado na reportagem foi um dos poucos que conseguiu lograr efeito contra o papado, se tornando um ícone da quebra da hegemonia romanista ao final da idade média (infelizmente não motivada por altos ideais, mas pela obstinação do perverso Henrique VIII).

E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta." Apocalipse 13:3

"E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra. Apocalipse 17:18"

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Hawking Descarta Deus - O que aconteceu?

Stephen Hawking: Física descarta papel de Deus na criação do Universo

BBC - 02/09/2010

Stephen Hawking: Física descarta papel de Deus na criação do Universo
Os trechos indicam uma aparente mudança de opinião em relação a uma das obras mais conhecidas de Hawking.[Imagem: BBC]

Criação espontânea

O cientista britânico Stephen Hawking afirma em seu novo livro, ainda inédito, que a física moderna descarta a participação de Deus na origem do Universo e diz que aparentemente o Big Bang foi uma consequência natural das leis da física.

Em The Great Design ("O Grande Projeto", em tradução livre), que teve trechos publicados nesta quinta-feira pelo jornal britânico The Times, Hawking afirma que "a criação espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada".

O cientista cita a descoberta de um planeta orbitando uma estrela que não o Sol, ocorrida em 1992, como algo que faz as condições planetárias terrestres - como a relação entre a massa solar e a distância para o Sol, por exemplo - parecerem provas "muito menos convincentes de que a Terra foi cuidadosamente projetada somente para agradar a nós, seres humanos".

"Devido à existência de uma lei como a da gravidade, o Universo pode e vai criar a si mesmo do nada", afirma o físico no livro.

"A criação espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada, do porquê do universo existir, do porquê de nós existirmos", diz Hawking.

The Great Design foi escrito em parceria com o físico norte-americano Leonard Mlodinow e tem lançamento previsto para o próximo dia 9.

Desconversão

Os trechos indicam uma aparente mudança de opinião em relação a uma das obras mais conhecidas de Hawking.

Em seu livro Uma Breve História do Tempo, publicado em 1988, o cientista sugeria que a ideia de uma criação divina seria compatível com uma compreensão científica do Universo.

"Se nós descobrirmos uma teoria completa, será o triunfo definitivo da razão humana - pois então nós deveremos conhecer a mente de Deus", escreveu então o cientista.

Uma Breve História do Tempo teve mais de 9 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=stephen-hawking-deus-criacao-universo&id=020175100902

Nota: Li o livro "O Universo em Uma Casca de Noz" do autor citado. Lá, ele dizia que como positivista, ele não se interessava em saber o que algo realmente é (talvez no conceito grego de Verdade), mas sim em uma teoria que possa descrever esse algo com acurácia. Hawking mudou radicalmente de opinião. Ok, ele é uma mente e tanto, ocupa a cadeira de Isaac Newton, é considerado por muitos como o maior físico da modernidade depois de Einstein...

Mas como revela o último capítulo de "O Universo em Uma Casca de Noz", sua mente descamba para o lado da presunção e até mesmo do ridículo quando sai de sua esfera precípua e avetura-se pelas áreas sobre as quais não tem tanto domínio quanto gostaria. O mesmo pode-se dizer de Georges Charpak e Rolland Omnè, nobéis de física em seu livro "Sejam Sábios, Tornem-se Profetas".

Se existe duas áreas onde as certezas não são certezas, e onde tudo reina no campo das teorias que não se encaixam, estas duas são a astrofísica e a física quântica. Acabei de ler (mais uma vez) que os cientistas não fazem a menor idéia do que seja nada mais e nada menos do que 90% da matéria do Universo (link: matéria escura), pois as equações não se encaixam. E o que dizer da física quântica, então? Leia o livro de Charpak e Omnè e você saberá do que estou falando...

A pergunta que faço a mim mesmo é: por que um cientista positivista, outrora tão "crente", se firma sobre um terreno tão oscilante e cheio de incertezas para alvejar o conceito da criação? Note que o próprio título do livro de Hawking já é uma provocação (The Great Design)...

Será que não existe uma certa dose de pressão pela "ciência" para que conforme seu pensamento com o naturalismo filosófico? Ou será que Hawking está entrando em um complexo de Deus, como diz Alejandro Bullón a respeito de Hittler e de Nietzsche, se julgando ele mesmo o criador do universo? Acredite, isso faz sentido no positivismo, uma vez que a teoria é o que conta... e, quem formula a teoria, logo, é...

Sim, um humilde mortal vai se dar o direito de discordar de Hawking (e de Segan) a respeito do Universo. A descoberta de exoplanetas, ao contrário do que o físico asseverou, somente tem confirmado a posição privilegiada da nossa Terra no nosso Cosmos. Dos mais de 400 exoplanetas descobertos, nenhum tem condições de abrigar a vida. Uns são grandes demais (isso é um grande problema), outros muito quentes, outros muito frios... Outros estão em órbitas de estrelas instáveis e violentas... outros, ainda, têm órbitas extremamente rápidas, com um "ano" de cerca de 3 dias, muito próximos de suas estrelas...

Não encontraram-se, ainda, sistemas planetários que dêem evidências de possuírem planetas rochosos em distância confortável de suas estrelas. Se você estudar as estrelas, verá que a maioria delas não oferece condições de suporte à vida, ao contrário do que pregava o maconheiro Carl Segan (vide blog do Michelson Borges).

Caro leitor: antes de adotar uma posição favoravelmente ateísta, espere a física explicar a matéria escura, apresentar uma teoria que unifique as mecânicas clássica e quântica, explicar as incoerências do Big Bang, isso sem falar de todas as questões sobre evolução que, definitivamente, não teríamos espaço suficiente para colocar. Cegos não podem oferecer-se para guiar (quem lê, entenda). Hawking está prometendo algo que não pode entregar.

Curiosidade: Incrivelmente, Hawking conhece a história de William Miller e do Grande Desapontamento, conforme um capítulo de livro que escreveu há alguns anos.

A Ciência Comprova: A Matéria Pode Surgir do Nada

A Teoria da Relatividade prevê que matéria e energia podem se transformar uma na outra. Pode-se perceber a matéria se transformando em energia no núcleo do Sol, onde o trítio e o deutério formam hélio, com menos massa do que a soma dos dois isótopos do hidrogênio.

Pesquisas na física quântica têm demonstrado que a energia pode gerar matéria (e, provavelmente gerou), pelo desequilíbrio na aniquilação mútua de matéria e anti-matéria, que ocorre no nível quântico (onde as leis da física são uma verdadeira insanidade). Para isto, é necessário muita energia.

Em outras palavras, em bom português e para alguém que não era viciado em Star Trek: A ciência não pode mais descartar a possibilidade de Alguém com energia (Poder) suficiente, poder fazer coisas aparecerem do nada (como a Terra, por exemplo).

Confira a matéria em:

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=super-laser-criar-materia-nada-vacuo-quantico&id=010115100820

O Maior Cluster de Computadores do Universo (conhecido)

Neurônios individuais têm poder computacional

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/08/2010

Neurônios individuais têm poder computacional
Um neurônio do córtex visual de um camundongo recebeu um corante fluorescente para que seus dendritos pudessem ser visualizados. Um laser fez disparos sobre os dendritos para ativar grupos de impulsos em diferentes ordens. A resposta elétrica do neurônio foi diferente para cada sequência de impulsos.[Imagem: Tiago Branco/Hausser Lab: UCL]

As células individuais do cérebro são surpreendentemente eficientes na detecção de diferentes sequências temporais nas informações que chegam até eles.

A descoberta contesta uma noção longamente aceita pelos cientistas de que esse tipo de processamento no cérebro exige grandes números de neurônios trabalhando em conjunto.

Pobres transistores

Apesar de cada vez menos aceita pelos neurocientistas, a comparação do cérebro humano com um computador sempre considerou que os neurônios seriam os transistores - os componentes básicos do cérebro, mas incapazes de qualquer computação quando isolados.

A descoberta contesta essa ideia, mostrando que os neurônios individuais - e até mesmo os dendritos, os pequenos elementos receptores dos neurônios - são dispositivos computacionais excepcionalmente poderosos.

"No dia-a-dia, nós precisamos constantemente usar informações sobre sequências de eventos a fim de entender o mundo ao nosso redor. Por exemplo, na linguagem, uma coleção de diferentes sequências do mesmo conjunto de letras ou sons montados em sentenças somente fazem sentido conforme a ordem em que esses sons ou letras são montados," explica o Dr. Tiago Branco, da Universidade College London, na Inglaterra.

O cérebro humano é particularmente eficiente no processamento de sequências de informações. Por exemplo, cita Branco, os mais modernos computadores têm grande dificuldade de decifrar uma sequência rápida de palavras que uma criança de cinco anos de idade entende perfeitamente.

"Como o cérebro é tão bom em distinguir uma sequência de eventos de outras é algo que não é bem compreendido mas, até agora, a crença geral era de que esse trabalho era feito por um grande número de neurônios trabalhando em conjunto," diz ele. Essa crença agora foi derrubada.

Poder computacional dos neurônios

Estudando o cérebro de um camundongo, os pesquisadores monitoraram os neurônios em áreas do cérebro responsáveis pelo processamento dos impulsos sensoriais dos olhos e da face.

Para verificar como esses neurônios respondiam às variações na ordem em que um determinado conjunto de impulsos era fornecido, os cientistas usaram um laser para ativar os dendritos em padrões precisos, e mediram a resposta elétrica dos neurônios.

Primeiro, um neurônio do córtex visual do camundongo recebeu um corante fluorescente para que seus dendritos pudessem ser visualizados. A seguir, um laser fez disparos minúsculos e superprecisos sobre os dendritos para simular sinapses e ativar grupos de impulsos em diferentes ordens.

Os cientistas descobriram que cada sequência produz uma resposta diferente, mesmo quando o impulso é enviado para um único dendrito.

A resposta elétrica do neurônio foi diferente para cada sequência de impulsos, permitindo a identificação, a partir dessa resposta, dos padrões disparados pelo laser para dendritos individuais, assim como para padrões disparados aleatoriamente pela árvore dendrítica.

Usando modelos teóricos construídos a partir de seus dados, os pesquisadores demonstraram que a probabilidade de que duas sequências diferentes sejam distinguidas uma da outra pelo neurônio individual é incrivelmente alta.

"Esta pesquisa indica que os neurônios individuais são decodificadores de sequências temporais de informações, e que eles podem desempenhar um papel significativo na ordenação e na interpretação da enorme quantidade de impulsos recebidos pelo cérebro," afirma o professor Michael Hausser, coordenador do estudo [itálicos acrescentados].

Nota: Sou graduado em Informática, e cada vez mais fico impressionado com a capacidade do cérebro humano. Usamos para escrever e ler esta matéria, nada mais e nada menos do que a tecnologia mais avançada do universo conhecido. Os neurônios são fantásticos e, com esta descoberta, passaram a ser assombrosos.

Nunca gostei de filmes como IA ou o Homem Bicentenário. Ao passo que almejam, de maneira triunfalista, louvar o progresso da ciência e a grandeza do espírito humano estão, na verdade, reduzindo o ser a uma visão sistêmica, determinística e maquinal. Estas concepções dão a entender que, se você juntar as porcas e parafusos certos, pode reproduzir um ser humano em todos os seus pormenores. Apesar de a ficção sonhar com o dia em que o homem criará uma forma de vida artificial, e alguns "futurólogos" arriscarem dizer que este dia está perto, as experiências práticas têm mostrado abismos praticamente intransponíveis para a robótica e informática reproduzirem tarefas relativamente simples para as criaturas vivas.

Se estamos há milhares de quilômetros de distância de conseguirmos criar, pagar e resfriar um computador com cerca de 100 bilhões de transístores, quanto mais distantes estamos de um com o equivalente a 100 bilhões de núcleos, como indica a pesquisa! As implicações desta descoberta são tremendas. Provam que somos muito mais complexos do que pensávamos. Evidenciam uma inteligência infinita por trás do fino planejamento destes seres. Lançam mais problemas aos cansados - mas heroicamente defendidos - ombros de Darwin. Revelam propósito e amor de Alguém com inteligência e poder mais infinitos do que jamais poderíamos sonhar.