sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Conexão entre Música e Teia de Aranha. Mesmo Autor?

Matemática revela conexão entre a música e uma teia de aranha

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/12/2011

Matemática revela conexão entre a música e uma teia de aranha
Este olog usa símbolos, em vez de palavras, para mostrar a relação entre forma e função presente na teia de aranha e em uma composição musical.[Imagem: Markus Buehler/Tristan Giesa]

Relação entre forma e função

Cientistas descobriram uma relação matemática que mostra uma analogia precisa entre a estrutura física da teia de aranha e a estrutura sonora de uma música.

Isto prova, segundo eles, que a estrutura de cada uma delas tem uma relação similar com a sua função.

Ou seja, a "lei" matemática que descreve a relação entre as proteínas que formam a teia de aranha e suas propriedades de resistência e leveza é a mesma que descreve a relação entre as notas musicais e o efeito que a música exerce sobre o ouvinte.

Além das claras implicações filosóficas da descoberta, a metodologia matemática poderá guiar os cientistas na sintetização de novos materiais.

Esses materiais poderão ser criados para atender a necessidades específicas, por meio da repetição de padrões de estruturas menores, da mesma forma que as proteínas são reunidas para forma a teia de aranha, ou as notas musicais são reunidas para formar uma melodia.

Da teoria à prática

Mas o que têm em comum uma teia de aranha e uma melodia?

Para descobrir isto, os pesquisadores fizeram uma comparação passo a passo que começou com os blocos fundamentais de cada um deles - um aminoácido e uma onda sonora - e foi até um segmento de fio de seda e uma canção simples.

A conclusão de David Spivak, Markus Buehler e Tristan Giesa parece surrealista.

Segundo eles, os padrões estruturais das proteínas estão diretamente relacionados com a leveza e a resistência da teia de aranha, da mesma forma que a "tensão sônica" das notas da canção está relacionada com a resposta emocional induzida no ouvinte.

Ao encontrar similaridades com exatidão matemática entre coisas tão diferentes, os pesquisadores demonstraram que sua metodologia pode ser usada para a comparação de descobertas científicas em áreas diferentes.

O trabalho também sugere que os engenheiros poderão ampliar seu conhecimento dos sistemas biológicos estudando a relação existente entre a forma e a função de cada elemento.

Finalmente, e de forma mais prática, o trabalho abre a perspectiva de que, de posse de uma necessidade - por exemplo, um material com propriedades específicas para atender a uma determinada função - os engenheiros possam sintetizá-lo repetindo padrões simples já encontrados na natureza.

Modificar o ambiente

A conexão entre a forma e a função de um material é estabelecida por um mecanismo chamado "log ontológico", ou olog.

Um olog é um meio abstrato de categorizar as propriedades gerais de um sistema - seja ele um material, um conceito matemático ou um fenômeno - revelando as relações inerentes entre sua estrutura e sua função.

"Há indícios crescentes de que padrões similares de estruturas materiais em nanoescala, tais como aglomerados de ligações de hidrogênio ou estruturas hierárquicas, governam o comportamento dos materiais no ambiente natural," afirma Buehler.

Segundo ele, o estudo permitiu então "compilar informações sobre o funcionamento dos materiais de forma matematicamente rigorosa e identificar os padrões que são universais para uma grande classe de materiais."

"Seu potencial para modificar o ambiente - no projeto de novos materiais, estruturas ou infra-estrutura - é imenso," conclui o pesquisador.

Nota do blog: assim como na série de Fibonacci, este padrão parece revelar que a natureza aponta para seu Autor. É como a assinatura, a técnica de um Grande Artista. As evidências estão aí. Vejam-nas os que quiserem.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ridículo: não podemos provar que não existem sondas alienígenas entre nós.

É isso mesmo. Um pouco difícil de entender a lógica mas, para um grupo de "cientistas", o fato de não termos rastreado o bastante o nosso sistema solar implica que não podemos afirmar que não existem sondas alienígenas não-tripuladas explorando nossa vida.

Este trabalho foi publicado pela respeitada Cornell University, o qual você pode conferir neste link.

Para os doutores Ariel Roth e Nahor Neves, esse pensamento sofista (apresentado também pelo famoso físico Stephen Hawking) pode permitir qualquer coisa. Por exemplo: não podemos garantir que não somos uma simulação de um supercomputador, mais ou menos como no filme Matrix (só que sem um corpo real para ser "acordado"). Não podemos garantir que nosso Universo não é uma bolinha de gude jogada por um alienígena gigante (como no filme MIB). Não podemos dizer que os cães não são uma espécie muito mais avançada de seres que resolveram se tornar novamente animais porque chegaram à conclusão de que esta é a melhor maneira de viver (gostou? essa é de minha autoria... pode render um bom roteiro para Hollywood). Ou seja, por esse pressuposto, tudo é possível, e ninguém tem o direito de negar nada, simplesmente porque não se pode provar o contrário.

O Dr. Nahor Neves denuncia a mistura de filosofia e ciência pura que tem permeado as universidades da atualidade. Desta forma, a filosofia é colocada em pé de igualdade com a ciência experimental, onde, em última instância, os experimentos da última podem não ter valor se contrariarem a primeira, pois, afinal, teriam o mesmo peso. Trocando em miúdos: para teorias como a da Evolução, se os fatos contrariam a teoria, descartam-se os fatos (!!!).

Agora, o que é mais interessante, é que quando alguém propõe que, diante das inúmeras lacunas, falhas e contraprovas da Teoria da Evolução, podemos ter sido "planejados", é execrado pela comunidade "científica". Ou seja, imaginar que nosso Universo é uma cereja sobre um pudim cor-de-rosa pode, mas imaginar que, diante de inúmeras evidências, Alguém nos criou, seria ridículo.

Um dia, toda a Verdade será revelada.

"Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia."1 Coríntios 3:19

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Provérbios 1:10-18

Texto para reflexão:
(Provérbios 1:10-18)

É surpreendente a atualidade deste texto. Apesar de quase 3 mil anos terem se passado desde que foi escrito, ele continua sendo um reflexo perfeito da nossa sociedade.

Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites.

Salomão inicia esta parte dos seus conselhos se dirigindo ao leitor como a um filho. Ou seja, com conselhos que ele daria a seu próprio herdeiro. O primeiro deles é que nos guardemos das lisonjas - bajulações e elogios falsos, que tentam - malogradamente - esconder a inveja e o ciúme. Isto pode ir desde aquele "olho gordo" tão comentado entre as pessoas mais simples aos alpinistas sociais encontrados nas grandes corporações. Mas estes agrados são uma barganha, e a contrapartida será muito custosa.

Se disserem: Vem conosco a tocaias de sangue; embosquemos o inocente sem motivo;
Traguemo-los vivos, como a sepultura; e inteiros, como os que descem à cova;
Acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;
O segundo conselho deste apelo é para nos mantermos afastados dos conluios. É muito comum, na política, a formação de alianças para a derrubada de um oponente. Mas a política é um reflexo da sociedade. Quantas alianças não são formadas para isolar, prejudicar ou difamar vizinhos, colegas de trabalho, de aula, etc? E com que objetivo? O sábio explica: para encher as suas (dos ímpios aliciadores) casas de despojos. Uma grande realidade da vida é que você só inveja e maquina o mal contra alguém quando este alguém é ou possui algo que você quer, ainda que esse algo seja subjetivo, como apreciação, amor, respeito, fama, etc.

Lança a tua sorte conosco; teremos todos uma só bolsa!
Os ímpios aqui propõem uma irmandade, um nível de intimidade e relacionamento que não passa de um simulacro mal feito do aconchego de um rebanho. O fato de se ter uma só bolsa (equivalente à conta conjunta de hoje) significa rendição total ao objetivo do grupo, "entrar de cabeça" na fraternidade.

Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas;
Porque os seus pés correm para o mal, e se apressam a derramar sangue.
Aqui Salomão desvenda o objetivo real do que começou com uma lisonja: a realização do mal. Ninguém com estas propostas está interessado em você, mas sim em que você o ajude a obter o que quer. Quando você não for mais necessário, ou se tornar um peso, será descartado.

Na verdade é inútil estender-se a rede ante os olhos de qualquer ave.
Neste ponto é relembrado por que o ímpio trama sempre às escuras: seu procedimento seria facilmente desbaratado caso não houvesse a dissimulação. Veja a história de Daniel na cova dos leões, por exemplo. Nesta história, a ave foi tanto Daniel quanto o próprio rei Dario.

No entanto estes armam ciladas contra o seu próprio sangue; e espreitam suas próprias vidas.
A única coisa que os ímpios não lembram é que Deus toma nota de todas as suas ações e intenções. E que Ele está no controle do Universo e detém em Suas mãos a pá para limpar a eira. A recompensa dos malignos chega mesmo nesta vida. Mas a derrocada final virá com o Dia do Senhor, quando o joio será queimado e o trigo ajuntado no celeiro. Neste dia não haverá máscaras. Neste dia, não haverá networking. Neste dia não haverá suborno. Prepare-se para este encontro!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Matéria e antimatéria podem ser criadas do nada

Matéria e antimatéria podem ser criadas do nada
Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/12/2010


"A questão básica do que é o vácuo, o que não é o nada, vai além da ciência." [Imagem: iStockphoto/Evgeny Kuklev/Umich]

Sob as condições adequadas - que incluem um feixe de laser de ultra-alta intensidade e um acelerador de partículas de dois quilômetros de extensão - pode ser possível criar algo do nada.

É o que garante Igor Sokolov e seus colegas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

O grupo desenvolveu novas equações que descrevem como um feixe de elétrons de alta energia, combinado com um intenso pulso de laser, pode rasgar o vácuo, liberando seus componentes fundamentais de matéria e antimatéria, e desencadear uma cascata de eventos que gera pares adicionais detectáveis de partículas e antipartículas.

Criar matéria do nada

Não é a primeira vez que cientistas afirmam que um super laser pode criar matéria do nada. De um nada que não é exatamente ausência de tudo, mas uma sopa fervilhante de ondas e campos de todos os tipos, onde partículas virtuais surgem e desaparecem o tempo todo.

Em 2008, um artigo publicado na revista Science descreveu como a matéria se origina de flutuações do vácuo quântico.

"Agora nós pudemos calcular como, a partir de um único elétron, podem ser produzidas várias centenas de partículas. Acreditamos que isso acontece na natureza, perto de pulsares e estrelas de nêutrons," afirma Igor Sokolov, um dos autores do estudo.

Foi um grupo de brasileiros que demonstrou recentemente que uma estrela de nêutrons pode acordar o vácuo quântico.

O que é o nada?

Na base de todos estes trabalhos está a idéia de que o vácuo quântico não é exatamente o nada.

"É melhor dizer, acompanhando o físico teórico Paul Dirac, que um vácuo, ou um nada, é a combinação de matéria e antimatéria - partículas e antipartículas. Sua densidade é tremenda, mas não podemos perceber nada delas porque seus efeitos observáveis anulam-se completamente," disse Sokolov.

Em condições normais, matéria e antimatéria destroem-se mutuamente assim que entram em contato uma com a outra, emitindo raios gama, que já se imaginou aproveitar para construir um laser de raios gama.

"Mas sob um forte campo eletromagnético, este aniquilamento, que tipicamente funciona como um ralo de escoamento, pode ser a fonte de novas partículas," explica John Nees, coautor do estudo. "No curso da aniquilação, surgem fótons gama, que podem produzir elétrons e pósitrons adicionais."

Um fóton gama é uma partícula de luz de alta energia. Um pósitron é um anti-elétron, uma partícula gêmea do elétron, com as mesmas propriedades, mas com carga positiva.

Reação em cadeia

Os que os cientistas calculam é que os fótons de raios gama produzirão uma reação em cadeia que poderá gerar partículas de matéria e antimatéria detectáveis.

Em um experimento, preveem eles, um campo de laser forte o suficiente irá gerar mais partículas do que as injetadas por meio de um acelerador de partículas.

No momento, não existe nenhum laboratório que tenha todas as condições necessárias - um super laser e um acelerador de partículas - para testar a teoria.

Mas, para Sokolov, o tema já é fascinante o suficiente do ponto de vista filosófico.

"A questão básica do que é o vácuo, o que não é o nada, vai além da ciência," afirma ele. "Ela está profundamente incorporada não apenas nos fundamentos da física teórica, mas também da nossa percepção filosófica de tudo - da realidade, da vida, e até mesmo da questão religiosa sobre se o mundo poderia ter vindo do nada."

Recentemente, físicos do LHC conseguiram capturar antimatéria pela primeira vez - veja também CERN dá mais um passo no estudo da antimatéria.

Nota: O homem permanece no meio do caminho entre a incompreensão do macrocosmos e a do microcosmos. A física quântica é notoriamente fantástica, e com as recentes ponderações sobre o surgimento da matéria a partir do vácuo temos ficado maravilhados com quão longo é o caminho que precisamos percorrer para arranharmos a compreensão do Universo. Para que a (anti)matéria surja do "nada" é necessária uma grande quantidade de energia, ou em outras palavras, poder. Dizer que Deus criou a matéria a partir do nada deixou de ser uma impossibilidade física. Realmente, as implicações filosóficas são imensas.

Astrônomos tentam explicar planetas extrassolares com órbita retrógrada

Astrônomos tentam explicar planetas extrassolares com órbita retrógrada



Órbitas retrógradas

Há pouco mais de um ano, astrônomos descobriramexoplanetas com órbitas retrógradas, ou seja, que giram na direção contrária à rotação de suas estrelas.

Isso veio contrariar frontalmente a teoria corrente de formação estelar e planetária, que propõe que os planetas se formam a partir do disco de poeira do qual a própria estrela se formou - logo, os planetas deveriam sempre girar na mesma direção da estrela.

"Esta é uma verdadeira bomba que estamos lançando sobre o campo dos exoplanetas," disse na época Amaury Triaud, um dos responsáveis pela descoberta.

"Maluquice estranha"

Agora, uma equipe coordenada pelo astrofísico Frederic A. Rasio, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, elaborou o primeiro modelo que tenta explicar não apenas as órbitas retrógradas, mas também o fato de que aórbita de alguns exoplanetas é inclinada, ou seja, não forma um plano com o equador da estrela.

"Isso é realmente estranho, e é ainda mais estranho porque o planeta gira próximo demais da estrela", disse Rasio "Como pode um girar em uma direção e o outro girar exatamente ao contrário? É uma maluquice. Isso obviamente viola o nosso entendimento mais básico da formação dos planetas e estrelas."

Tentativas anteriores de explicar o fenômeno pela influência de outras estrelas - em sistemas binários e até ternários - não obtiveram sucesso.

Usando simulações em computador, Rasio e seus colegas acreditam ter encontrado uma explicação para essas "maluquices".

Mecânica orbital

A chave, segundo eles, está em perturbações gravitacionais produzidas por um planeta do mesmo sistema, mas muito mais distante.

"Uma vez que se tenha mais do que um planeta, esses planetas perturbam gravitacionalmente uns aos outros," disse Rasio. "Isso é interessante porque significa que a órbita em que foram formados não necessariamente será a órbita na qual eles vão ficar para sempre. Estas perturbações mútuas podem alterar as órbitas, como vemos nesses sistemas extra-solares".

A física que a equipe usou para resolver o problema é basicamente a mecânica orbital, o mesmo tipo de física que a NASA usa para calcular a órbita das sondas espaciais enviadas através do Sistema Solar.

"É a mesma física, mas ninguém havia percebido que ela poderia explicar os planetas do tipo Júpiter quente e as órbitas retrógradas," diz Rasio.

Modelo planetário

Em seu modelo, os pesquisadores supõem uma estrela semelhante ao Sol e um sistema com dois planetas.

O planeta mais interno é um gigante gasoso semelhante a Júpiter que, inicialmente, está longe da estrela, onde se acredita que planetas tipo Júpiter se formem.

O planeta exterior também é bastante grande e está mais distante da estrela do que o primeiro. Ele interage com o planeta interior, perturbando sua órbita, fazendo oscilar todo o sistema.

Os efeitos sobre o planeta mais interno são fracos, mas eles se acumulam ao longo de um período muito longo de tempo, resultando em duas mudanças significativas no sistema: o gigante gasoso interior se aproxima muito da estrela e sua órbita assume a direção oposta do giro da estrela.

Efeitos de maré

As mudanças ocorrem, de acordo com o modelo, porque as duas órbitas estão trocando momento angular, e o planeta interior perde energia através de fortes efeitos de maré.

O acoplamento gravitacional entre os dois planetas faz com que o planeta mais interno entre em uma órbita excêntrica, em forma de agulha.

Ele precisa perder uma grande quantidade de momento angular, o que ele faz por transferindo-o para o planeta exterior.

A órbita do planeta mais interno encolhe gradualmente porque a energia é dissipada através das marés, que o atraem para mais perto da estrela, transformando-o em um Júpiter quente.

"No processo, a órbita do planeta pode virar," dizem os cientistas. Isso significa que o planeta irá alterando gradualmente sua órbita, passando por uma órbita polar e, finalmente, assumir uma órbita retrógrada.

Validação do modelo

Para validar o modelo, novas observações astronômicas deverão encontrar planetas com amplas e variadas inclinações, ao longo de seu caminho para uma órbita invertida.

Além, é claro, dos necessários companheiros desses "planetas invertidos", os causadores da inversão de sua órbita.

A vantagem do novo modelo é que ele salva a teoria de formação planetária atual, uma vez que os planetas poderiam se formar do disco protoplanetário, girando no mesmo sentido da estrela e, só mais tarde, inverterem sua órbita.

Nota: As teorias de formação dos planetas estão passando por muitas dificuldades ultimamente. Cada vez mais "problemas" e menos certezas. Com o passar do tempo, os modelos tidos como sólidos para a formação do Universo têm sido postos em xeque pela observação. Não sou contra os modelos, precisamos deles e fazem parte do método científico. O que não podemos aceitar é que os modelos sejam tidos como a própria ciência, e ridicularizados aqueles que os questionam (como no paradigma evolucionista).

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sistema com Seis Planetas Surpreende Astrônomos

Sistema com seis planetas surpreende astrônomos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/02/2011

Sistema com seis planetas surpreende astrônomos
Concepção artística do sistema planetário "comprimido" com planetas grandes muito próximos à sua estrela.[Imagem: NASA/Tim Pyle]

Sistema planetário.zip

Ele não é apenas um sistema planetário como nunca se viu antes.

O que o telescópio espacial Kepler agora revelou foi um sistema planetário que ninguém esperava encontrar.

Há 2.000 anos-luz da Terra, a estrela agora batizada de Kepler-11 é bem parecida com o Sol.

Mas os planetas ao seu redor transformam em poeira cósmica os modelos de formação de planetas considerados válidos até hoje.

São seis planetas identificados até agora ao redor da Kepler-11, variando entre 2,3 e 13,5 vezes a massa da Terra - os maiores têm dimensões comparáveis a Urano e Netuno.

Cinco deles têm períodos orbitais entre 10 e 47 dias, o que significa que a órbita de todos eles fica dentro de uma região que cabe dentro da órbita de Mercúrio. É um sistema planetário absolutamente compactado.

O sexto planeta é maior e só um pouco mais distante, com um período orbital de 118 dias e uma massa ainda indeterminada - se estivesse em nosso Sistema Solar, orbitaria entre Mercúrio e Vênus.

Teorias.pó

Nenhum modelo de formação planetária apontaria a possibilidade de tal adensamento de planetas na proximidade das estrelas. E menos ainda com a sua composição provável, muito semelhante à de Urano e Netuno, que ficam muito mais distantes da nossa estrela.

Não é para menos. As teorias de formação de planetas foram feitas tendo como base de estudo unicamente o Sistema Solar, que era o único que os cientistas conheciam até poucos anos atrás. À medida que novos exemplos de sistemas planetários são encontrados, torna-se mais fácil elaborar teorias melhores.

"O sistema planetário Kepler-11 é incrível", disse Jack Lissauer, membro da equipe científica do telescópio Kepler. "Ele é incrivelmente compacto, ele é incrivelmente plano e há um número surpreendentemente grande de planetas grandes orbitando perto da sua estrela".

"Não sabíamos que tais sistemas poderiam existir," resume ele.

As densidades dos planetas (derivadas da massa e do raio) fornecem pistas sobre suas composições. Todos os seis planetas têm densidades mais baixas do que a da Terra, provavelmente formados por uma misturas de rochas e gases, possivelmente incluindo água.

A parte rochosa responde pela maior parte da massa dos planetas, enquanto o gás responde pela maior parte do seu volume.

"Parece que os dois mais internos poderiam ser formados principalmente de água, possivelmente com uma fina pele de gás, hélio-hidrogênio, por cima, como mini-Netunos," disse Jonathan Fortney, outro membro da equipe. "Os mais afastados têm densidades inferiores à da água, o que parece indicar atmosferas significativas de hélio-hidrogênio."

Sistema com seis planetas surpreende astrônomos
Comparação das órbitas dos planetas da Kepler-11 e do nosso Sistema Solar. [Imagem: NASA/Tim Pyle]

Cérebros quentes

Isto é surpreendente, porque um planeta pequeno e quente não deveria conseguir manter uma atmosfera tão leve.

"Estes planetas são muito quentes por causa de suas órbitas próximas, e quanto mais quente eles são, mais gravidade precisam para manter a atmosfera," explicou Fortney.

"Meus alunos e eu ainda estamos trabalhando nisso, mas nossas hipóteses são de que todos estes planetas provavelmente começaram com uma atmosfera de hélio-hidrogênio mais massiva, e nós vemos os restos dessas atmosferas naqueles mais distantes. Os mais próximos provavelmente já perderam a maioria dela."

Nota: com a descoberta dos exoplanetas, a partir dos anos 90, muitas teorias precisaram ser revistas. As incertezas sobre a origem e desenvolvimento do cosmos não combinam com a arrogância dos fundamentalistas darwinianos que baforeja aos quatro ventos as "leis" da evolução. E se estes planetas possuem atmosfera simplesmente porque suas estrelas não tiveram tempo de ejetá-las da superfície? e se estes sistemas não são tão antigos quanto se pensa? - Não se pensa! qualquer coisa que diminua os bilhões de anos de um sistema planetário estável e frio joga na latrina as já matematicamente improváveis margens da evolução. Descartar os fatos para abraçar as teorias... Isto não é ciência.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Aviões deveriam se parecer com pássaros?

Aviões deveriam se parecer com pássaros?

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/12/2010

Aviões deveriam se parecer com pássaros?
Os aviões modernos voam bem mas, do ponto de vista da eficiência do combustível, eles teriam muito a ganhar se parecessem um pouco mais com os pássaros.[Imagem: RJ Huyssen/NU,RSA]
Aviões-pássaros?

Embora ambos voem, aviões não se parecem muito com pássaros - a menos que você esteja imaginando um pássaro muito estranho ou um avião muito esquisito.

Mas será que aviões deveriam se parecer com pássaros? Ou, de outro modo, haveria algum benefício se o desenho dos aviões se aproximasse um pouco mais da aparência de um pássaro?

Geoffrey Spedding, da Universidade do Sul da Califórnia (EUA), e Joachim Huyssen, da Universidade Nordeste (África do Sul), acreditam que sim.

O objetivo dos dois engenheiros era descobrir formas de fazer com que os aviões consumam menos combustível. Para isso, eles abandonaram o desenho tradicional do "tubo com asas" e voltaram à estaca zero.

Sustentação e arrasto

Os pesquisadores projetaram uma aeronave simples e modular em três configurações: uma asa voadora individual, então asas mais um corpo e, em seguida, asas mais corpo e uma cauda.

Foram analisados os fluxos de ar em vários ângulos em relação às asas, corpo e cauda, em busca de formas de obter a maior sustentação - importante para o transporte de cargas - e o menor arrasto - importante para uma maior eficiência do combustível.

Os pesquisadores estabeleceram que, para qualquer proposta dada, em termos de capacidade de carga, autonomia etc., o melhor avião seria aquele que gerasse o menor arrasto possível.

Aviões deveriam se parecer com pássaros?
Alguns anos atrás, um planador com cauda mínima foi testado com sucesso em voo, mas protótipos maiores para aviões comerciais nunca foram construídos. [Imagem: RJ Huyssen/NU,RSA]

As asas voadoras se mostraram a base fundamental ideal, mas impraticáveis - é difícil colocar carga e pessoas lá dentro. Então eles adicionaram um corpo para minimizar o arrasto e, mais importante, uma pequena cauda, que serve essencialmente para anular os distúrbios aerodinâmicos criados pelo corpo.

Cauda mínima

Infelizmente, a presença de um corpo diminui a sustentação e aumenta o arrasto. Em termos teóricos, isso pode ser resolvido com a adição de uma "cauda mínima".

Uma cauda mínima em relação às que os aviões atuais possuem - mas o resultado é que os aviões ficam muito mais parecidos com os pássaros.

Alguns anos atrás, um planador com cauda mínima foi testado com sucesso em voo, mas protótipos maiores para aviões comerciais nunca foram construídos.

"O ponto mais importante é que podemos estar desperdiçando grandes quantidades de combustíveis fósseis ao voar em aeronaves com projetos fundamentalmente sub-ótimos," diz Spedding.

"No mínimo, podemos mostrar que existe um projeto alternativo que é aerodinamicamente superior. Existe agora um imperativo para aprofundar esses projetos, e talvez outros, que poderão fazer uma diferença significativa para o nosso padrão global de consumo de energia," conclui ele.

Nota: depois de um século de conquista dos céus (mais pesada que o ar), descobre-se que o melhor projeto para vôo com carga útil é semelhante ao dos pássaros. Responda com sinceridade: será que a "evolução" teve tempo de testar todos os projetos que não funcionam ou que não funcionam tão bem (incluindo o nosso consagrado modelo de avião) e "selecionar" o melhor projeto para as espécies de aves? Lembre-se que este modelo, a priori, deve ter sido incorporado no "ancestral" de todos os pássaros (dinossauro?), já que seu modelo é replicado em todos os descendentes. Caso sua resposta seja sim, onde estão os fósseis dos projetos não tão bem sucedidos? E não me venha com aquelas ambiguidades altamente especulativas de dinossauros com asas e penas, que não sei de onde tiram... haja imaginação, e dá-lhe falta de ciência!

A engenharia aeronáutica de nossas aves parece muito mais ter sido obra de um fino design, otimizado desde o princípio. Por que algumas coisas, na natureza, parecem não funcionar? Duas respostas básicas: 1. Porque, em muitos casos, ainda não as entendemos seu perfeito encaixe (chegamos, no passado, a considerar o fígado um órgão sem função, recessivo da evolução) e 2. Porque, há seis mil anos, um gerador de caos e desordem entrou no cenário. Mas isto é tema para outro post...

Matéria e antimatéria podem ser criadas do nada

Matéria e antimatéria podem ser criadas do nada

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/12/2010

Matéria e antimatéria podem ser criadas do nada
"A questão básica do que é o vácuo, o que não é o nada, vai além da ciência."

Sob as condições adequadas - que incluem um feixe de laser de ultra-alta intensidade e um acelerador de partículas de dois quilômetros de extensão - pode ser possível criar algo do nada.

É o que garante Igor Sokolov e seus colegas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

O grupo desenvolveu novas equações que descrevem como um feixe de elétrons de alta energia, combinado com um intenso pulso de laser, pode rasgar o vácuo, liberando seus componentes fundamentais de matéria e antimatéria, e desencadear uma cascata de eventos que gera pares adicionais detectáveis de partículas e antipartículas.

Criar matéria do nada

Não é a primeira vez que cientistas afirmam que um super laser pode criar matéria do nada. De um nada que não é exatamente ausência de tudo, mas uma sopa fervilhante de ondas e campos de todos os tipos, onde partículas virtuais surgem e desaparecem o tempo todo.

Em 2008, um artigo publicado na revista Science descreveu como a matéria se origina de flutuações do vácuo quântico.

"Agora nós pudemos calcular como, a partir de um único elétron, podem ser produzidas várias centenas de partículas. Acreditamos que isso acontece na natureza, perto de pulsares e estrelas de nêutrons," afirma Igor Sokolov, um dos autores do estudo.

Foi um grupo de brasileiros que demonstrou recentemente que uma estrela de nêutrons pode acordar o vácuo quântico.

O que é o nada?

Na base de todos estes trabalhos está a idéia de que o vácuo quântico não é exatamente o nada.

"É melhor dizer, acompanhando o físico teórico Paul Dirac, que um vácuo, ou um nada, é a combinação de matéria e antimatéria - partículas e antipartículas. Sua densidade é tremenda, mas não podemos perceber nada delas porque seus efeitos observáveis anulam-se completamente," disse Sokolov.

Em condições normais, matéria e antimatéria destroem-se mutuamente assim que entram em contato uma com a outra, emitindo raios gama, que já se imaginou aproveitar para construir um laser de raios gama.

"Mas sob um forte campo eletromagnético, este aniquilamento, que tipicamente funciona como um ralo de escoamento, pode ser a fonte de novas partículas," explica John Nees, coautor do estudo. "No curso da aniquilação, surgem fótons gama, que podem produzir elétrons e pósitrons adicionais."

Um fóton gama é uma partícula de luz de alta energia. Um pósitron é um anti-elétron, uma partícula gêmea do elétron, com as mesmas propriedades, mas com carga positiva.

Reação em cadeia

Os que os cientistas calculam é que os fótons de raios gama produzirão uma reação em cadeia que poderá gerar partículas de matéria e antimatéria detectáveis.

Em um experimento, preveem eles, um campo de laser forte o suficiente irá gerar mais partículas do que as injetadas por meio de um acelerador de partículas.

No momento, não existe nenhum laboratório que tenha todas as condições necessárias - um super laser e um acelerador de partículas - para testar a teoria.

Mas, para Sokolov, o tema já é fascinante o suficiente do ponto de vista filosófico.

"A questão básica do que é o vácuo, o que não é o nada, vai além da ciência," afirma ele. "Ela está profundamente incorporada não apenas nos fundamentos da física teórica, mas também da nossa percepção filosófica de tudo - da realidade, da vida, e até mesmo da questão religiosa sobre se o mundo poderia ter vindo do nada."

Recentemente, físicos do LHC conseguiram capturar antimatéria pela primeira vez - veja também CERN dá mais um passo no estudo da antimatéria. (ênfase acrescentada)

Nota: Até alguns anos atrás, poderia se dizer que a idéia de que Deus havia criado o mundo a partir do nada era fisicamente impossível, e conjecturas sobre a "Terra sem forma e vazia" e a "face das águas" foram levantadas, por alguns segmentos criacionistas, como evidências de matéria pré-existente com a qual Deus criara o mundo. Alguns raciocinaram que daí poderia se explicar a datação das rochas como sendo muito, muito antigas.

O novo mundo que a física quântica começou a propor na segunda metade do século XX abriu as portas para o inimaginável na mecânica clássica, como a criação da matéria a partir do "nada". Mas os pontos vão para aqueles bem-aventurados "que não virarm e creram", desde o princípio. Não é hora de refletir sobre a complexidade da vida e, principalmente, do homem? Não é hora de levar o tão antiquado e fora-de-moda Livro mais a sério? Veja as evidências.