terça-feira, 14 de outubro de 2008

A Crise Financeira e o Cenário Profético

Para solucionar os problemas dos bancos com a crise financeira (vide postagem anterior), os governos têm investido de maneira pesada nos "pacotes econômicos".

Resumidamente, significa usar dinheiro do contribuinte para comprar ações de bancos à beira da falência e títulos de baixa credibilidade no mercado (títulos podres), para manter os preços e gerar estabilidade no sistema financeiro. Já vimos isto no Brasil algumas vezes. Significa, também, reduzir juros para fomentar o mercado, reduzir impostos, conceder isenções e incentivos.

Tudo bem, e daí?

Bem, lembram quem está comprando os títulos e as ações? - os governos das nações afetadas. Eles estão comprando ações e, com isso, (na maior parte dos casos) direito de administrá-las. Os incentivos e auxílios aos bancos têm permitido que os governos tenham ingerência sobre as instituições ajudadas.

Algumas constatações importantes:

1. A crise mostrou a fragilidade do sistema financeiro e a incapacidade da "auto-regulação" do mercado. A ganância dos players tem mostrado que o mercado é mais imaturo do que se pensava, e a proposta neo-liberal de interferência zero do governo nele está cada vez mais desacreditada. Neste cenário, surge o salvador da pátria - o Governo.

2. O governo cobrará seu preço pela interferência em benefício dos desesperados. Se tornará um pouquinho "dono" das instituições e organizações ajudadas, com poder de tomar decisões. Banqueiros serão mais auditados do que nunca. Políticas de salários, bonificações e PLR (participação nos lucros e resultados) serão revistas e controladas pelo governo. Ou seja, o Governo terá muito mais poder dentro das instituições, e mesmo sobre os indivíduos.

3. Centralização do poder: George W. Bush - o homem mais poderoso da Terra - , além de ser o centro das atenções nas questões militares, ambientais e políticas, agora consolidou sua posição como figura-chave da economia. Com a fragilidade do mercado exposta e a sua submissão servil ao governo, o presidente dos Estados Unidos passa a dar as regras de forma mais clara, nas questões financeiras.

4. Os Estados Unidos reafirmam sua liderança e hegemonia. Em matéria publicada hoje (14/10/08) no invertia, um colunista do Wall Street Journal diz que a saúde financeira americana é melhor que a de todos os outros países. Entre outros motivos, porque seu pacote de ajuda representa menos de 5% do PIB nacional, enquanto os pacotes dos demais países chegam a passar de 12% do PIB de suas respectivas economias. Ou seja, a crise foi instalada nos Estados Unidos, e os maiores prejudicados são seus aliados. Todos os pacotes econômicos das nações afetadas pela crise serão totalmente inúteis se o mercado americano não reagir aos incentivos.

5. O Papa está mostrando ser um guru espiritual da economia, oferecendo conselhos aos desafortunados e palavras de orientação aos detentores do capital.

O cenário está, conforme as profecias indicam, consolidando a força dos Estados Unidos e demonstrando seu poder. O governo americano está ganhando preciosos palmos de terreno que o permitirão tomar decisões mais autoritárias no futuro. Ao mesmo tempo, a Europa está cada vez mais longe de alcançar a estabilidade financeira que permitiria uma transição para uma economia unificada - conforme profecia da estátua de Daniel.

A Bíblia fala que em breve serão as questões morais e religiosas que passarão a ter maior interferência do governo americano e da liderança papal. Hoje, muitas pessoas podem achar isto absurdo. Talvez as mesmas pessoas que achavam absurda a idéia de uma quebradeira gigante no sistema econômico das nações mais ricas do planeta.

4 comentários:

Eliseu disse...

Em se tratando de assunto dessa natureza, qual seja cumprimento de profecias bíblicas, ninguém melhor do que os adventistas do sétimo dia para alertar ao mundo. Aliás, assim como Israel antigo deveria ser o exemplo para o mundo, também o mesmo deveria ocorrer como o israel espiritual de hoje, no entanto, o que vemos, infelizmente, são nossos irmãos cada vez mais envolvido com os cuidados desta vida, caminhando exatamente na mesma direção de todos. Vivêssemos nós hoje de forma diferente e o mundo poderia hoje olhar prá nós como pessoas diferentes. Talvez assim como ocorrera com os desapercebidos judeus do passado, quando da vinda do messias, estejamos nós também hoje ocupados demais para ver que estamos mais próximo do Dia do Senhor do que possamos imaginar. A mensagem dos três anjos do Apocalipse, atribuída especificamente ao povo do advento, tem transformado-se, infelizmente, em assunto inconveniente na igreja. Eliseu Ferreira de Barros - IASD Campos dos Goytacazes, RJ.

Alexsander Silva disse...

Como o Eliseu disse, o momento não é de dormirmos, mas permanecermos alertas e nos preparando, através de um relacionamento íntimo e diário com Deus...

Enéias Teles Borges disse...

A postagem faz sentido, mas o que atrapalha é o alarmismo exagerado. Lembram-se quando João Paulo II veio ao Brasil pela primeira vez? Rememoremos os sermões que diziam que aquele seria o tal papa das profecias. Houve um pavor monstruoso pois o mudo chamava aquele papa de JOÃO DE DEUS. O que houve? Aquele papa até já morreu...

Um estudo mais aprofundado mostrará mais coisas e entre elas umas que não gostaríamos de ver. A instalação da apostasia no meio no qual não deveria se ver...

A diferença entre o que criam os pais da IASD e o que é difundido hoje nos leva a crer que a IASD atual não é sombra do que deveria ser...

Felizmente o verdadeiro povo de Deus não está adstrito a uma denominação, mas à verdadeira fé em Deus. Os que assim pensam estarão preparados quando a hora chegar.

Esses sim são os que terão coerência para pregar. A mensagem será difundida por um povo e NUNCA por uma instituição.

Abraços!

E. C. O. Schulz disse...

vale ressaltar, que apenas 40% da empresa é colocado no mercado, quando se abre o capital.

E mesmo o governo chegar a comprar esses 40%... é muito dificil.
E dessas, ainda hã a divisao das ON e das PN.

E apenas as ações ON (Ordinárias Nominativas), os acionistas podem "ter participação" no controle, decisões, reuniões... da empresa.

Mesmo que todos os investidores com ON, se unão nu mesmo consenso. Ainda assim é 40%; e a decisão final cai sobre os verdadeiros donos da empresa (que também podem ser acionistas dela).

Que no fim, a questão é que isso não afeta em efetivamente. Pois no fim, se deve conquistar a opinião decisão dos 60% (não acionistas). E para isso, o Estado pode fazer isso sem ser acionista. Pois mesmo sendo acionista, no fim é o mesmo.

Contudo, creio que os adventistas estão superlativando demais essa crise.


Evandro Costa de Oliveira
IASD Central de Santo André
Estudante de Matemática - USP
22 anos
www.ociokako.blogspot.com