O título desta postagem está entre aspas porque foi transcrito diretamente da epígrafe de uma reportagem do site Inovação Tecnológica.
Confira a reportagem aqui.
Até o dia da redação da referida reportagem, nada menos que 452 exoplanetas haviam sido descobertos. Exoplanetas são todos os planetas localizados fora do nosso sistema solar, que orbitam outras estrelas.
Estes sistemas planetários estão muito distantes (a estrela mais próxima de nós, além do Sol, é Proxima Centauri, em um sistema ternário a cerca de 4,2 anos-luz de distância) e os planetas não podem ser observados diretamente.
Até o início dos anos 90 do século passado, nenhum planeta fora do nosso "quintal" havia sido descoberto. Os cientistas então usaram os mais poderosos telescópios e instrumentos para medir o brilho de um grande número de estrelas. Observando pequeníssimas variações nesse brilho, puderam calcular que estes fenômenos se tratavam da passagem de planetas em frente às suas estrelas. Seria o equivalente a pequenos eclipses, onde a estrela não é totalmente ocultada. Estas observações, somadas a cálculos sobre ligeiras mudanças no curso das estrelas, permitem estimar o tamanho, raio orbital e massa dos exoplanetas.
Os cientistas descobriram que estes exoplanetas, em sua maior parte, são gigantes gasosos como Júpiter, sendo que alguns deles são "Júpiteres quentes" por estarem muito próximos de suas estrelas, uma vez que o "nosso" Júpiter é distante e gelado.
Os astrônomos têm sonhado em encontrar, cumulativamente, exoplanetas rochosos, menores e a uma distância ideal de sua estrela, com uma órbita de baixa excentricidade, de forma que as probabilidades de tal corpo possuir água em estado líquido aumentassem.
Nesta busca desenfreada por vida extraterrestre para dizer "viu! a vida surgiu do nada lá fora!" (veja postagem), os cientistas acabaram por levantar mais uma incógnita sobre o modelo do Big-Bang, da formação do nosso sistema solar e da evolução da vida.
Por que? Bem, nosso sistema solar possui 8 planetas e um planetóide, além de asteróides, que orbitam a estrela todos, em sentido "anti-horário", mesma direção da rotação do Sol. Esta observação levou os cientistas a desenvolverem a teoria de que todos estes astros se formaram de um disco de restos de matéria que orbitava o Sol em seus primórdios, mais ou menos como seriam os anéis de Saturno em relação a ele.
O que os astrônomos divulgaram, conforme a matéria supra indicada, é a descoberta de exoplanetas que orbitam não só em sentido muitas vezes oposto ao de suas estrelas, mas também em planos orbitais de grande inclinação. E a implicação desta descoberta é muito grande: fica difícil imaginar todos os planetas necessariamente se formando por um longo processo de resfriamento e aglutinação de matéria estelar "não-utilizada".
Como observado pelo Dr. Walter Veith, um modelo de explosão inicial que criou o Universo, em primeiro momento ao menos, deveria levar a galáxias girando todas em um mesmo sentido. Deveríamos esperar os demais sistemas (planetas orbitando estrelas e satélites orbitando planetas) seguindo o mesmo movimento. No entanto, não vemos o cumprimento desta lógica estritamente em nenhum dos casos.
As explicações prévias para a ocorrência de planetas nestas condições, à luz das teorias dominantes da história do Universo, são mais confusas do que elucidativas, além de exigirem (mais uma vez) a atuação miraculosa do acaso.
Parece que a mecânica do Universo fica cada vez mais complexa, e a colcha das teorias para explicá-la ganham constantemente novos retalhos.
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