O que leva cidadãos de bem, mulheres, pessoas de idade a arrombarem, saquearem e particarem vandalismo?
Em situações de grande medo, de falta de preparo, as massas agem em comportamento de manada, como o estouro de uma boiada. Isto é muito comum nos linchamentos. Os seres humanos começam a pensar coletivamente, o senso individual desaparece. Coisas que os indivíduos jamais fariam sozinhos, fazem sob a influência e coordenação do grupo.
Em novembro de 1955 o cientista Solomon E. Asch publicou uma experiência que realizara com 123 jovens universitários. Cada um destes jovens entrava em uma sala com outros alunos que estavam previamente combinados em fornecer respostas erradas a uma questão bastante simples de comparação entre tamanhos de linhas. Como o cientista havia verificado anteriormente, em situação normal, o percentual de erro era inferior a 1%. No entanto, ao confrontarem-se os selecionados para a pesquisa com todos os outros alunos que davam respostas erradas, o índice de erro subiu para 37%. Os que respondiam corretamente faziam-no, muitas vezes, tímida e hesitantemente.
O homem é um ser sociável. Gosta de companhia. Gosta de se sentir aceito pelo grupo. Gosta de que suas idéias e ações sejam apoiados pela maioria. Ninguém gosta de ser o freak do grupo, ou pior, o freak que não consegue entrar no grupo. A máxima vox populi, vox dei (a voz do povo é a voz de Deus) é ribombada principalmente pela mídia e pela política – dois fenômenos inteiramente dependentes das massas (e, portanto, comprometidos com elas).
Mas, por mais simpático e político que possa parecer, a Bíblia endossa a teoria de que a voz do povo é a voz de Deus?
Certa vez o rei da Síria ficou incomodado com o fato de o profeta Eliseu, por visão divina, revelar ao rei de Israel as emboscadas que ele fazia com o fim de destruí-lo.
“Então [o rei da Síria] enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais chegaram de noite, e cercaram a cidade. E o servo do homem de Deus se levantou muito cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então o seu servo lhe disse: Ai, meu senhor! Que faremos? E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. E orou Eliseu, e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o SENHOR abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” 2Rs 2:14-1.
Enquanto eu era aluno interno no IACS, pelos anos de 1996 a 1997, me chamava a atenção uma placa que ficava na porta do quarto de alguns colegas meus do dormitório, cuja epígrafe me acompanha até hoje: “somos a minoria esmagadora”.
Às vezes nos sentimos sozinhos em nossas lutas contra o mal. Parece que até mesmo as pessoas que deveriam estar seguindo a Deus estão abraçando o erro e chamando o bem mal e o mal bem (Is 5:20).
Podemos pensar que tudo está perdido, que estamos sozinhos em nossas lutas. Parece que o mundo está vencendo de todos os lados. No Evolucionismo, na imoralidade, na mornidão de Laodicéia (Ap 3:16), mas a realidade é que dois terços dos anjos do céu escolheram ser fiéis a Deus (Ap 12:4). Todos os demais mundos são não-caídos, e servem ao Criador do Universo.
Satanás está derrotado. Um terço dos seus semelhantes o seguiu. Dois terços ficaram com Aquele que o derrotou sozinho e desauxiliadamente. Milhares de planetas foram leais. Apenas um caiu.
Jesus é o exército de um homem só. Quem ficar em pé ao seu lado, enquanto todos curvam-se ante a estátua (Dn 3), andará incólume em meio ao fogo. Quem escolhe o lado da verdade, está ao lado da verdadeira maioria e, principalmente, do lado vencedor.
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