De acordo com matéria do jornal O Globo, o alcoolismo é o principal fator de risco de morte no Brasil, ficando à frente da hipertensão e da obesidade. Estima-se que no Brasil e Paraguai (a pesquisa da fundação americana avaliou os dois países conjuntamente) 5,64 milhões de pessoas sejam tenham problemas com consumo de álcool.
No ano de 2004, quando cursava na minha graduação a matéria de Planejamento Estratégico e Marketing, fiquei surpreso ao saber que, em vinte anos, o álcool deixou de ser o vigésimo produto na lista de consumo do brasileiro médio, saltando para a terceira posição. Isto graças a uma extensa e bilionária campanha de marketing, que o associou com esportes, amizade e sucesso sexual, focada principalmente no público jovem.
Declarações como a de que o consumo de vinho poderia trazer benefícios, mesmo que fossem verdadeiras (veja contrargumentação aqui), deveriam simplesmente ser deixadas em periódicos científicos, pois a população tende as interpretar como uma "autorização" para consumir álcool. Ao invés disso, a mídia populesca que vive de uma polêmica atrás da outra, alardeia aos quatro ventos de maneira tendenciosa e condescendente os "benefícios" para a saúde no consumo do álcool, levando muitos a encontrar uma "muleta" para seu mau hábito e derrubando as poucas barreiras de outros para o início da prática tão maléfica.
Através desta matéria de O Globo percebe-se claramente que, longe de ser um benefício ou recreação, o álcool é um problema de saúde pública, que custa muito mais à nação do que qualquer imposto ou geração de empregos que possa proporcionar (calcule-se todos os acidentes de trânsito, crimes, absenteísmo, perda de produtividade e outros impactos do álcool na sociedade).
A instrução remonta mais de um século:
"Nunca tomeis chá, café, cerveja, vinho ou qualquer bebida alcoólica. Água, eis o melhor líquido possível para limpar os tecidos." Ellen G. White - Review and Herald, 29 de julho de 1884.
E cerca de três mil anos:
'O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio." Pv. 20:1.
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